As grandes empresas internacionais estão a apostar fortemente em novas tecnologias que prometem revolucionar não só as suas operações logísticas, como toda a cadeia de abastecimento (supply chain).
Veja alguns dos exemplos que temos para lhe mostrar e fique a par das tendências que deve manter debaixo de olho.
Tecnologias imersivas na supply chain
Tecnologias imersivas como a
realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA) permitem uma melhor experiência do utilizador, quer estejamos a falar dos colaboradores de uma empresa ou do consumidor final. Começam por isso a ganhar tração na supply chain de diversas indústrias e são já utilizadas em atividades como a reparação e manutenção de equipamentos, logística e
gestão de armazém, e até no planeamento e configuração das superfícies comerciais.
Na indústria automóvel e aeronáutica, a utilização de óculos de realidade aumentada permite que os técnicos vejam diagramas e instruções que se sobrepõe ao equipamento em que estão a trabalhar. Com toda a informação de que precisam disponível no seu campo de visão, os técnicos não precisam de interromper o trabalho para consultar instruções, imagens e vídeos no computador ou tablet.
Também nas operações logísticas são várias as aplicações possíveis, desde logo na organização do armazém. Utilizando dispositivos de realidade aumentada, é possível maximizar o espaço disponível em função do inventário existente. Como? Sobrepondo ao armazém físico uma planificação virtual da mercadoria, que permita determinar qual a melhor configuração possível e, assim, reduzir os custos com o armazenamento.
O mesmo acontece na expedição das mercadorias. Através de
softwares especializados de gestão de armazéns, que têm em conta critérios como o tamanho, peso e o destino da mercadoria, já é possível fazer um planeamento eficaz da ocupação do transporte. Ainda assim, o processo encrava, muitas das vezes, no carregamento propriamente dito. Um dispositivo de RA pode, no entanto, ser utilizado para fornecer informação sobre a carga e dar instruções aos operadores, em tempo real, acerca da melhor forma de a dispor dentro do veículo. Estes dispositivos permitem ainda reajustar o plano de carga mais facilmente caso haja alguma alteração de última hora.
Segundo a consultora Gartner, a adoção em massa de tecnologias imersivas só deverá acontecer nos próximos dois a cinco anos, no caso da RV, e dentro de cinco a 10 anos para a RA. Apesar disso, há já empresas a colher os benefícios do investimento feito nestas tecnologias, como é o caso da General Electric Health, que
melhorou em 46% a performance nos processos de picking e preparação de encomendas, recorrendo ao uso de óculos inteligentes.
Robótica e transportes autónomos
A presença da robótica nas indústrias não é propriamente uma novidade, mas o surgimento de robôs inteligentes ligados em rede — que utilizam câmaras e sensores para se movimentarem no espaço evitando obstáculos — abriu caminho a muitas outras possibilidades. Aplicada à logística e ao resto da cadeia de abastecimento, a robótica pode contribuir para acelerar o processo de entregas e reduzir os erros nos pedidos.
Blockchain
Das tendências aqui mencionadas, o
blockchain é certamente o que suscita maior curiosidade e por vezes até algum cepticismo, tal é ainda a novidade. Mas à semelhança do que aconteceu com a internet, também esta tecnologia promete ter um papel transformador na sociedade e na forma como fazemos negócios.
Na tradução literal do inglês, blockchain significa "cadeia de blocos", o que oferece algumas pistas sobre o modo como esta tecnologia funciona. Aqui os blocos são feitos de dados, registos digitais encriptados, inalteráveis e partilhados pelos vários membros de uma rede. Cada um desses registos contém uma inscrição com a hora em que foi criado e ligações que remetem para as transações que lhe precederam. Através destes registos, os membros com acesso à rede conseguem, por exemplo, determinar a origem e proveniência de determinado item.
Ao acrescentar transparência, rastreabilidade e confiança às transações, o blockchain é um dos candidatos a revolucionar as cadeias de abastecimento no médio a longo prazo, uma vez que permite obter informação exata, não só sobre os bens em questão, mas também sobre todas as organizações que intervieram no processo, desde o fornecedor de matérias-primas, ao vendedor final. Embora muitos dos seus possíveis usos aguardem ainda por comprovação prática, existem já alguns projetos piloto que pretendem precisamente testar o potencial desta tecnologia quando aplicada à supply chain.
A revista
Fortune dá conta, por exemplo, de uma empresa britânica que está a utilizar o blockchain para seguir o movimento de diamantes, desde a mina em que foram extraídos até chegarem às lojas. Esse acompanhamento é possível graças a um registo digital que inclui uma lista de atributos como cor, quilates e número do certificado. A expectativa é que através deste método se possa garantir a autenticidade das gemas e assegurar que não provêm de zonas de conflito, onde são muitas vezes usadas para financiar a violência.
Já a rede norte-americana de supermercados Walmart está a desenvolver em conjunto com a IBM um
sistema de segurança alimentar com base na tecnologia blockchain para rastrear os produtos ao longo da sua cadeia de abastecimento. Entre outras coisas, o sistema permitirá que em caso de crise ou de um alerta alimentar se consiga rapidamente determinar a origem dos produtos implicados, verificar em que lojas se encontram espalhados, e retirá-los de circulação em apenas alguns minutos.
Como garantir a gestão rigorosa da Supply Chain?
A eficiência operacional é determinante para a rentabilidade das operações logísticas das empresas – seja na vertente da organização e planeamento da armazenagem, seja na distribuição da mercadoria e acompanhamento do respetivo estado da entrega.
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