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Cidades Inteligentes

O que são cidades inteligentes?

São cada vez mais os municípios atentos às novidades tecnológicas capazes de edificar cidades inteligentes, promotoras de um estilo de vida saudável, de uma utilização responsável dos espaços públicos, de um desenvolvimento sustentável e de uma qualidade de vida crescente.
 

Por que razão as cidades inteligentes devem ser a nova tendência?

Atualmente, mais de metade da população mundial vive em grandes centros urbanos e as estatísticas indicam que em 2050 essa percentagem rondará os 70%, segundo um estudo das Nações Unidas, publicado em maio de 2018.
 
A forte concentração da população em grandes urbes coloca um conjunto de desafios à gestão autárquica, nomeadamente no que respeita à poluição, circulação automóvel, habitação ou acesso a serviços. No outro lado da moeda o problema é outro. Este movimento contínuo de êxodo rural cava um fosso cada vez maior entre as cidades e as periferias, votadas a um isolamento crescente.  Gerir estas realidades tão díspares, assegurando as condições indispensáveis para uma vida digna, com qualidade, é um desafio que as tecnologias inteligentes poderão ajudar a resolver. 

Aliás, é na tecnologia que reside a grande esperança. Com o avanço tecnológico dos últimos anos e a necessidade de repensar o uso dos espaços urbanos de forma a garantir a sustentabilidade, muito se tem falado de cidades inteligentes. Hoje, o termo começa a entrar no léxico do cidadão comum, também ele mais atento, mais consciente e mais exigente no que respeita às ações dos dirigentes e respetivo impacto na vida dentro das cidades. 

Mas afinal, o que são cidades inteligentes?

A União Europeia define a Smart Cities como um conjunto de sistemas e de pessoas que interagem de forma inteligente usando energia, materiais, serviços e recursos de forma sustentável.
 
São uma espécie de fusão entre pessoas e sistemas que se movimentam em sintonia e harmonia, procurando garantir o desenvolvimento sustentável dos espaços urbanos. Em traços gerais, podemos dizer que as cidades inteligentes são aquelas que investem em Tecnologia para melhorar a gestão autárquica e proporcionar aos seus cidadãos uma melhor qualidade de vida e sustentabilidade dos espaços. 

De acordo com o Cities in Motion Index, desenvolvido pela IESE Business School, existem dez áreas nas quais as cidades inteligentes se destacam. São elas: 

  1. Governança
  2. Administração pública
  3. Planeamento urbano
  4. Mobilidade e transportes
  5. Tecnologia
  6. Meio ambiente
  7. Relações internacionais
  8. Coesão social
  9. Capital humano
  10. Economia

O que torna uma cidade inteligente? 

Hoje já é possível encontrar vários exemplos de processos geridos de forma inteligente com recurso a tecnologia de última geração. Um estudo do Mckinsey Global Institute mostra que o conceito de cidades inteligentes pode ser aplicado em diferentes aspetos da vida quotidiana.

Um exemplo muito comum é a mobilidade. Sensores que detetam as condições de trânsito são capazes de reprogramar os semáforos de forma a agilizar a circulação rodoviária. Outro exemplo muito simples onde a tecnologia poderá contribuir para a sustentabilidade das cidades é na racionalização e monitorização do sistema de abastecimento de água. Também os sistemas pneumáticos de gestão de resíduos podem assegurar uma recolha eficiente dos resíduos urbanos. 

O grande desafio que se coloca é perceber de que forma as cidades com infraestruturas do século XVIII conseguirão satisfazer as necessidades da vida urbana do século XXI. 

As cidades inteligentes não são apenas grandes cidades

Quanto se fala em cidades inteligentes, o tamanho pouco importa. Isso é fácil de entender quando se observam os exemplos de municípios nacionais que estão a tirar proveito das potencialidades tecnológicas para o desenvolvimento sustentável dos territórios.

A nível europeu, é muitas vezes destacado o exemplo de Barcelona. Veículos elétricos, wi-fi pela cidade, sinais de trânsito inteligentes, partilha de bicicletas e até um Smart City Campus – um espaço que junta empresas, centros tecnológicos e universidades para promover sinergias.

Os exemplos multiplicam-se até chegarmos à primeira cidade inteligente, a Alphabet, empresa-mãe da Google, que se está a preparar para construir uma pequena smart city em Toronto. Ruas aquecidas, carros autónomos e uma cidade movida a energia solar. Assim será o protótipo das cidades do futuro.
 

O futuro é cada vez mais smart

Partindo destes exemplos é fácil perceber que quando se trata de cidades inteligentes não existem grandes nem pequenos municípios. A inovação pode surgir em todos os lugares e a tecnologia adequada permite resolver os problemas das cidades e dos cidadãos, qualquer que seja a sua dimensão ou localização geográfica.

É, por isso, fundamental pensar o futuro das cidades como espaços cada vez mais inteligentes e preparados para transformar os desafios em oportunidades, e assim criar territórios dinâmicos, sustentáveis, competitivos e com uma qualidade de vida para vez melhor para os cidadãos.
 
Mas mais do que pensar no futuro das cidades, é importante pensar no futuro da gestão, neste caso, da gestão autárquica. Na verdade, o presente já tem a solução para agilizar esta gestão e potencializar a construção de cidades inteligentes. A resposta está num ERP para o setor público. 
 
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