Smartpayments - A nova tendência nos meios de pagamento

 

Com a evolução da tecnologia, também as formas e meios de pagamento têm evoluído. Se até há algum tempo os pagamentos em dinheiro e multibanco dominavam a forma de pagamento, a emergência de novos meios de pagamento têm despoletado uma revolução no dia-a-dia do consumidor.

A cada dia que passa, as formas de pagamento inteligentes - Smartpayments - têm ganho relevo e são cada vez mais os utilizadores que optam por esta solução para pagar as suas compras, confirmando a tendência de diminuição dos pagamentos com dinheiro físico.

 

Em tradução livre, podemos dizer que Smartpayments são formas de pagamento inteligentes. No entanto, por definição, este termo representa as tecnologias de informação habilitadas por sistemas de transação da responsabilidade de instituições financeiras (bancos, emissoras de cartões bancários, etc) sem a utilização de uma framework monetária (moeda, leis, bancos centrais, etc)

A diferença entre os sistemas de pagamento inteligentes e os normais centra-se na forma como é usada a informação (dados), através de softwares e hardwares, para executar todas as formas de transações, mesmo as mais complexas, de forma a fornecer serviços de valor acrescentado. 

 

Com a evolução da tecnologia e da exigência do consumidor, é importante que os meios de pagamento sejam cada vez mais rápidos, simples de usar e acessíveis em qualquer momento.

Nesse sentido, várias são as tecnologias que têm surgido nos últimos tempos como o contactless, os pagamentos por NFC, os pagamentos por smartphone ou smartwatch ou plataformas como o alipay e o paypal. A nível nacional, também outros meios de pagamento têm sido desenvolvidos neste sentido, como é o caso da Via Verde e do Mbway.

Estes meios de pagamento integram o grupo dos pagamentos inteligentes (smartpayments) e que cada vez mais pessoas utilizam no seu dia-a-dia.

 

Os pagamentos inteligentes estão hoje cada vez mais em voga e com uma taxa de adoção cada vez maior. Serviços como o Apple e Google Pay e o Mbway têm reforçado a utilização de sistemas virtuais, especialmente nas faixas etárias mais jovens, e começam agora a aparecer novos conceitos de pagamentos digitais em estabelecimentos físicos como é o caso das lojas Amazon Go ou os donativos através do dipJar.

Segundo a Smart Payment Association (SPA), em 2018 foram lançados para o mercado 2,6 mil milhões de cartões com contactless, representando 43% do total de cartões distribuídos mundialmente e uma taxa de adoção de 83% na Europa.

No caso dos pagamentos feitos através de carteiras virtuais nos dispositivos inteligentes, em 2016, apenas representavam 19%, tendo aumentado para os 49% em 2018. 

Com a crescente adoção dos assistentes virtuais, os pagamentos através de voz tem também ganho algum relevo, tendo um estudo recente apontado que 26% dos utilizadores que já usam assistente virtuais já fizeram pelo menos um pagamento através deste meio.

Dos países com maior taxa de adoção dos smartpayments, a Suécia é o que mais se destaca, com apenas 1% dos pagamentos a serem realizados por pagamentos em dinheiro físico.

 

No futuro, os smartpayments irão representar um papel central nas transações a nível global, estando o mercado a caminhar para um sistema cashless com transações rápidas, eficientes e seguras.

Com a evolução da tecnologia, os consumidores procuram pagar as suas compras de forma mais simples e segura possível, de preferência usando os gadgets usados no dia-a-dia como os smartwatches, smartbands ou os smartphones, onde podemos integrar os assistentes virtuais (onde se espera que em 2023 estejam configurados em 8 mil milhões de utilizadores).

Com o desenvolvimento do IoT, do 5G e das cidades inteligentes, os smartpayments representam também um papel fundamental junto dos consumidores, que pretendem usufruir de uma experiência de pagamento multimodal para os diversos serviços disponíveis (estacionamento, transportes públicos, lojas, etc).