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Multiexperience powered by AI

 
A Multiexperience (MX) está em segundo lugar no "Top 10 das tendências tecnológicas para 2020”, estudo publicado pela consultora Gartner em outubro de 2019. O assunto não poderia ser mais atual e dá continuidade ao movimento da User Experience, que começou a ganhar vital importância no desenvolvimento de software em meados do ano 2000. Este artigo faz uma introdução do tema e enquadrando-o na visão do ERP Inteligente que tem sido desenvolvido na PRIMAVERA.
 

Ambient Experience

 
"The "computer" in a multiexperience world is the environment around the user, including many touchpoints and sensory inputs. The multitouchpoint aspect of the experience will connect people across edge devices, including traditional computing devices, wearables, automobiles, environmental sensors and consumer appliances. The multisensory aspect of the experience will use all human senses as well as advanced computer senses (such as heat, humidity and radar) as appropriate across this rich sea of devices. In the future, the very notion of "computer" will seem like a quaint and antiquated idea as the spaces that we inhabit become multisensory and multitouchpoint interfaces. The long-term manifestation of multiexperience is also called the ambient experience. However, this will happen only slowly through 2029 and beyond.”
 
Gartner, Outubro 2019

No universo global de aplicações, o browser é o principal ponto de acesso aos serviços e necessidades comuns da vida humana. As aplicações nativas para ambientes mobile também continuam a crescer, ocupando o espaço das aplicações desktop. Esta tendência acentua-se devido à capacidade do browser, e todas as tecnologias subjacentes, normalizar a experiência do utilizador e desenvolver um padrão de interação comum entre a pessoa e a máquina. Transmite, assim, o conforto suficiente para usarmos múltiplas aplicações nos mais variados contextos, a partir de vários dispositivos, em qualquer lugar e momento.

A democratização do acesso à informação continua a evoluir e a esbater-se a fronteira entre a vida pessoal e profissional. O tempo é agora contínuo, o espaço partilhado, as pessoas são clientes, fornecedores e amigos, a comunicação é generalizada e as aplicações são ferramentas de um dia com múltiplas experiências e contextos diferenciados. A este fenómeno a Gartner chamou de multiexperience (MX) ou, numa perspetiva continuada, de ambient experience (AX).

O desenvolvimento tecnológico mais recente tem sido a alavanca desta evolução. Os dispositivos físicos tornaram-se mais imersivos e suportam agora múltiplas formas de interação. Os smartphones, os smart watches, os veículos semiautónomos e todos os gadgets de consumo generalizado interagem connosco através de voz e linguagem natural, do reconhecimento de imagem e dos gestos, da vibração e da luz. Outros como as consolas e os sensores de IoT interagem ainda de forma mais imersiva.
​​​​​​​Se concentrarmos todas estas características e interligarmos todos os dispositivos e pessoas através da Internet, o potencial da sua aplicação prática é exponencialmente grande. Em 2023, a Gartner prevê que 25% das aplicações das grandes empresas sejam suportadas por plataformas de multiexperience development (MXD). A forma como interagimos com o mundo digital está a mudar!


Multiexperience Development​​​​​​​

 
"Gartner says that by 2021, at least one-third of enterprises will have deployed a multiexperience development platform to support mobile, web, conversational, and augmented reality development. As part of that, he talked about immersive environments in areas such as field service, retail, training, and design. But Burke said this includes a lot of other experiences, including apps on various devices, from smart speakers to your car. This will be supported by a lot of the new technologies, but the goal is to build consistent ambient experience over time.”
 
  Gartner, Outubro 2019
 
Ainda neste mês, Jason Wong, o analista e VP da Gartner, apresentou um estudo mais recente onde referiu que a plataforma tecnológica de MX será essencialmente composta por aplicações mobile nativas e pelos respetivos serviços de backend na Cloud, destacando que esses serviços serão sobretudo serviços de Inteligência Artificial. Na verdade, este movimento começou por volta do ano 2000, altura em que estávamos a iniciar um percurso marcado pelo acentuado papel da User Experience.

Mr. Wong afirmou ainda que, embora as aplicações Web e mobile sejam as grandes apostas das empresas para os frontends dos próximos anos, os serviços de Inteligência Artificial serão igualmente importantes para construir os backends dos ambientes de MX. Como é fácil de perceber, as interfaces de MX necessitam duma ligação contínua aos serviços de backend para processar dados e fornecer informação em tempo real. Isto não quer dizer que os dados tenham de ser processados no exato momento, mas essa preparação tem de ser planeada para estar disponível quando for necessária.

No contexto do percurso evolutivo que estamos a fazer desde 2000, o que podemos esperar do software "ambient experience" para os próximos anos? O que são plataformas de MXD? Qual é a plataforma de MXD da PRIMAVERA?

Relativamente à experiência imersiva esperada por tipo este de ambientes, Mr. Wong propõe um simples modelo de 4 passos para aplicar à jornada do utilizador digital:

1- Sync me - Storing a user’s information, which the user can find and access anytime;
2- See me - Understanding a user’s context, location, situation, historical preferences, and then offering a better information and interaction to the user;
3- Know me - Using predictive analytics to make suggestions to the user;
4- Be me - Acting on user’s behalf, when given permission, and making the best decision for the user.

​​​​​​​​​​​​​​Nota: Os passos referidos não foram traduzidos para preservar o significado original.
 
Através do histórico do utilizador, podemos aprender as suas preferências em contextos situacionais distintos, para que depois as aplicações possam antecipar as necessidades dos vários perfis e apresentar as próximas ações ao utilizador. Isto só será possível se criarmos sistemas analíticos preditivos, baseados em machine learning com capacidade para processar muitos dados. São este tipo de serviços de backend que estamos a ​​​​​​​construir no âmbito da Fábrica de Dados, bem como outras questões tecnológicas que estamos a tentar resolver com a geração de aplicações Web a partir das plataformas Elevation e Lithium, ou seja, na plataforma de MX da PRIMAVERA.

Obviamente, a realização prática da MX envolve imensas competências técnicas, tecnologias muito heterogéneas e os conhecidos sistemas de informação. Esta integração forma um sistema cyber-físico com elementos computacionais colaborativos, interfaces humano-máquina, sensores e dispositivos variados e  infraestruturas inteligentes. Esperemos que outras empresas produzam e disponibilizem esses equipamentos capazes de permitir uma interação cyber-física. Assim que criem um ambiente altamente imersivo para o ser humano, as aplicações e os serviços online que hoje conhecemos irão ocupar esse ambiente imersivo com as suas funcionalidades.

Num ambiente de MX espera-se que o fluxo de informação seja contínuo. Da introdução à consulta, tudo deve acontecer com o mínimo esforço possível para o ser humano e, para isso, o papel funcional dos dispositivos físicos é fundamental. Por outro lado, também se espera que as aplicações forneçam informação de valor acrescentado face àquela que é ingerida automaticamente ou manualmente introduzida pelo utilizador. Será necessário processar mais dados para conseguir produzir mais informação inteligente, bem como preparar essa informação para chegar aos pontos de acesso do utilizador através de múltiplos canais e formatos de transporte de dados.
O software de gestão, tal como muitas outras aplicações, será um consumidor e produtor dos dados que irá circular nas vias de comunicação do espaço cyber-físico, gerindo a informação de negócio dos nossos clientes.
 

PRIMAVERA: na linha da frente do desenvolvimento tecnológico

 
Desde logo, construindo produtos que possam ser consumidos dentro do browser ou em aplicações mobile nativas, assim como apresentadas nos dispositivos que estiverem presentes nos ambientes de MX.  Posteriormente, deve preparar toda a informação inteligente que for possível produzir a partir dos dados de negócio, fornecendo no formato, quantidade e tempo mais adequados ao contexto do utilizador. A Fábrica de Dados é a unidade da nossa plataforma que contribui para o fluxo de informação em ambientes de MX, uma vez que é aquela que pode produzir a informação inteligente que pretendemos entregar em vários formatos, em múltiplos dispositivos.

A PRIMAVERA está bem posicionada nesta área, acompanhando as tendências tecnológicas que as grandes consultoras mundiais apresentam anualmente. Não é por acaso que a visão para o ERP Inteligente considera a MX como um driver para o desenvolvimento dos novos produtos.

Recordemos que os três eixos da nossa visão são a Comunidade, Multiexperience e Integração, aos quais se juntam os dois pilares da Tecnologia e dos Dados. São estes os 5 fatores de sucesso que nos vão permitir construir uma suite tecnológica de excelência para os nossos parceiros e clientes finais.​​​​​​​
 
"For anyone following the development of multiexperience, it’s simultaneously the most important topic and most unheard-of subject right now. Everyone’s talking about it, but nobody seems to be talking about what it actually is. So let’s change that. Here’s our assessment of multiexperience; what it is, what it involves and how you can (and should) get started."
 
Damian Kowalski, Fevereiro 2020
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