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Criptomoeda - O padrão monetário do futuro?

 
Novos padrões monetários prometem mudar a forma como olhamos para a economia e para as transações.
 
Se até hoje estávamos habituados a fazer pagamentos com dinheiro físico ou, no limite, com o cartão bancário, a verdade é que novos métodos de pagamento têm surgido.
 
Certamente já ouviu falar das criptomoedas. Embora não seja algo novo, é nova a sua popularização.
 
Esta moeda virtual foi atirada para a ribalta especialmente pela grande inflação que registou nos últimos anos, no entanto, as criptomoedas ainda levantam algumas questões e desconfianças nas pessoas e nas empresas.
 
Impõe-se, então, a questão: -Afinal o que são, afinal, estas moedas virtuais?
 

O que é uma criptomoeda?


As criptomoedas são moedas virtuais, criadas e armazenadas eletronicamente na blockchain, que utilizam complexos e elaborados elementos matemáticos e técnicas de criptografia para controlar a criação de unidades monetárias e verificar a sua transação.
 
Estas moedas, sendo virtuais, não têm uma existência física, não podem ser trocadas por outra mercadoria, como o ouro, e a sua emissão não é determinada e controlada pelo banco central. No entanto, para as grandes entidades bancárias, como o Banco de Portugal e o Banco Central Europeu, estas são moedas sem curso legal.
 
Na sua base, as criptomoedas têm três características fundamentais:
 
 1. Descentralização face às entidades reguladoras

 2. Anonimato nas transações e ações através de criptografia

 3. Segurança nas transições e registo das operações
 

Quais as criptomoedas mais conhecidas?

 
Embora as criptomoedas sejam facilmente associadas às bitcoin, a verdade é que são várias as moedas digitais presentes no mercado atual:
 
  • Bitcoin (BTC)
  • Bitcoin Cash (BCH)
  • Litecoin (LTC)
  • Ethereum (ETH)
  • Monero (XMR)
  • CryptoEscudo (CESC)
  • Petro
  • Dash (DASH)
  • Libra
 

Como surgiu o conceito das criptomoedas?


Embora nos anos 90 já tivessem surgido algumas ideias relacionadas com revoluções tecnológicas nos meios de pagamento virtuais, a primeira criptomoeda surgiu logo após a crise financeira de 2008, marcada pela falência do Lehman Brothers.
 
Esta crise expôs um setor construído em cima da especulação. Isto levou um conjunto de pessoas ligadas à tecnologia  a pensar numa forma alternativa de proceder à troca de bens e serviços. O grande objetivo era eliminar qualquer vestígio da atuação de intermediários tradicionais, dentro das trocas comerciais, como os bancos e as empresas financeiras.
 
Em 2009 surge, então, a Bitcoin - uma moeda que era considerada como "um novo sistema eletrónico de dinheiro” ou a "moeda honesta” e cuja origem ficou associada a Satoshi Nakamoto.

Como funcionam as criptomoedas?


As criptomoedas funcionam através de uma plataforma chamada "blockchain”, que é uma tecnologia criada para tirar partido dos avanços da encriptação de dados (criptografia).
 
A Blockchain é uma base de dados transparente e descentralizada onde todos os dados ficam registados, de forma imutável e acessível por qualquer pessoa. Em tradução literal, podemos interpretar blockchain como uma corrente de blocos, o que explica exatamente o funcionamento desta tecnologia.
Sempre que é feita uma transação, é criado um novo bloco que, após validação em vários computadores, é adicionado à corrente por ordem cronológica, de forma cifrada e sempre ligada aos blocos anterior e posterior, tornando praticamente impossível qualquer ataque malicioso ou alteração não autorizada.
 
Não tendo uma forma física, as moedas virtuais são linhas de código informático encriptado.
Ou seja, são uma lista de transações entre carteiras de criptomoedas, que correspondem a endereços informáticos.
Os detentores destas carteiras possuem dois tipos de chaves criptográficas: as públicas e as privadas.
 
As privadas são utilizadas pelo utilizador como assinatura da transação, ou seja, provam que esse utilizador possui de facto as criptomoedas que está a transacionar. Através da chave pública, os outros membros da rede conseguem verificar que de facto a transação foi corretamente autorizada. No entanto, neste processo, a rede nunca tem acesso à chave privada, segurança essa garantida pelo sistema de criptografia assimétrica.


Onde se podem utilizar as criptomoedas?


Se durante muito tempo as pessoas olharam com cepticidade para as criptomoedas, a verdade é que nos últimos tempos, após alguns valores históricos de valorização e desvalorização, começaram a ganhar destaque na sociedade.
 
Embora sejam ainda moedas que sofrem grandes variações de valor, a verdade é que muitas empresas já se começaram a adaptar a estes meios digitais e passaram a aceitá-las como forma de pagamento, com especial enfoque na Bitcoin.
 
A nível internacional, grandes empresas como o Wordpress, a Dell ou o Soundcloud já incluem esta moeda como meio de pagamento, enquanto em Portugal temos como grande exemplo o SL Benfica que se tornou o primeiro clube europeu a aceitar a bitcoin como meio de pagamento na loja online.
 
A utilização das criptomoedas está em contante expansão, havendo já países como a Nova Zelândia que já permitem o pagamento de salários neste tipo de moeda.
 
Pode também procurar locais em Portugal e no mundo que aceitem esta moeda através do Coinmap.


O futuro das criptomoedas e do Blockchain


Segundo um estudo do IGN Bank, 51% dos europeus acredita que as criptomoedas poderão ser utilizadas como forma de pagamento legítima e 32% acreditam que as criptomoedas são o futuro.
 
Com custos de transação e taxas mais baixas e tempos de operação mais reduzidos, as moedas virtuais prometem conquistar o seu lugar no mercado financeiro e fazer parte do dia a dia das pessoas nas transações rotineiras, complementando o dinheiro físico que hoje possuímos.
 
No entanto, um dos principais contributos das criptomoedas para a sociedade está centrada no Blockchain, uma vez que esta tecnologia começa agora a expandir-se e a ser aplicada noutras áreas, como é o caso da logística e distribuição.
 
A sua segurança e modo de funcionamento oferece garantias no controlo e registo de transações, permitindo uma maior transparência e a rastreabilidade de todo o tipo de informações.
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